Encontro Trump-Putin no Alasca: veja quem é quem nas comitivas dos EUA e da Rússia
15/08/2025
(Foto: Reprodução) Marco Rubio, Steve Witkoff e Scott Bessent (da esquerda para a direita na fileira de cima), dos Estados Unidos, e Yuri Ushakov, Sergey Lavrov, e Andrey Belousov (fileira de baixo), da Rússia que compõem comitivas de Trump e Putin no Alasca em 15 de agosto de 2025.
Umit Bektas, Carlos Barria, Nathan Howard e Florion Goga/REUTERS e Alexander Nemenov e Gavriil Grigorov/Sputink/Pool via Reuters
Donald Trump e Vladimir Putin fazem nesta sexta-feira (15) no Alasca o primeiro encontro bilateral entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, há mais de três anos e meio. A reunião não terá a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Trump e Putin serão acompanhados por comitivas de integrantes do mais alto nível de seus governos, e que farão parte das tratativas sobre o fim do conflito após um encontro "a sós" entre os presidentes. Os nomes americanos foram confirmados pela Casa Branca e os russos, pela agência estatal Tass.
Veja abaixo quem está nas comitivas dos EUA e da Rússia:
Comitiva dos EUA
Marco Rubio: secretário de Estado, chefe da política externa dos EUA;
Marco Rubio
REUTERS/Umit Bektas
Steve Witkoff: enviado especial de Trump para a guerra na Ucrânia. Ele se encontrou diversas vezes com Putin nos últimos meses;
O enviado dos EUA Steve Witkoff e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em encontro em 11 de abril de 2025
Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS
Howard Lutnick: secretário do Comércio dos EUA e responsável pelas tarifas aplicadas no governo Trump;
Howard Lutnick, secretário de comércio do presidente dos EUA, Donald Trump, fala no Salão Oval.
REUTERS/Nathan Howard
Scott Bessent: secretário do Tesouro dos EUA, responsável pelas finanças do governo americano;
Scott Bessent, secretário do Tesouro americano, participa de negociações comerciais com a China
Nathan Howard/File Photo/Reuters
John Ratcliffe: diretor da CIA, o serviço secreto dos EUA;
John Ratcliffe, diretor da CIA do governo Trump.
Divulgação/John Ratcliffe no X
Comitiva da Rússia
Yuri Ushakov: principal assessor do Vladimir Putin;
Yuri Ushakov, assessor do presidente russo, Vladimir Putin.
Alexander Nemenov/Pool via REUTERS
Sergey Lavrov: ministro das Relações Exteriores russo, chefe da política externa;
Sergey Lavrov, ministro de relações exteriores da Rússia.
REUTERS/Florion Goga/File Photo
Andrey Belousov: ministro da Defesa russo;
Andrey Belousov, ministro da Defesa da Rússia.
Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS/File photo
Anton Siluanov: ministro das Finanças russo;
Anton Siluanov, ministro das Finanças da Rússia.
Sputnik/Vyacheslav Prokofyev/Pool via REUTERS
Alexander Darchiev: embaixador russo nos EUA, que mora na capital americana, Washington D.C.;
Alexander Darchiev, embaixador russo nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025.
Ministério das Relações Exteriores da Rússia
Kirill Dmitriev: encarregado de negócios de Putin e CEO Fundo Russo de Investimento Direto russo.
Kirill Dmitriev, CEO Fundo Russo de Investimento Direto russo e encarregado de negócios de Putin.
Alexander Nemenov/Pool via REUTERS
Trump também levou ao Alasca seu principal redator de discursos, Ross Worthington, e seu secretário, Will Scharf, que gerencia os documentos que são assinados pelo presidente. Além disso, funcionários sêniores da Casa Branca acompanharam o presidente, como a chefe de Gabinete, Susie Wiles, o diretor de Comunicações, Steven Cheung, e a porta-voz Karoline Leavitt e vice-chefes de Gabinete.
O nível das autoridades levadas pela Rússia ao Alasca contrasta com os negociadores enviados para tratativas diretas com a Ucrânia, que ocorreram em três oportunidades durante os últimos meses e foram consideradas esvaziadas. Os encontros resultaram apenas em trocas de prisioneiros de guerra e escancarou ainda mais a distância do que cada país exige para o fim da guerra.
Encontro entre Trump e Putin será 'partida de xadrez'
Trump e Putin se encontram nesta sexta (15).
"Será como uma partida de xadrez".
A frase, dita pelo presidente EUA, Donald Trump, na quinta-feira (14), resume o clima com o qual Estados Unidos e Rússia chegam para a primeira cúpula entre os dois países desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Zelensky não participa do encontro. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, a exclusão do presidente da Ucrânia ocorreu porque partiu de Putin a ideia do encontro com Trump.
Será também o primeiro encontro a sós entre os dois líderes desde 2018. Na ocasião, quando a cúpula bilateral tratou de acusações de interferência russa nas eleições dos EUA, Putin conseguiu convencer Trump, que ainda saiu do encontro defendendo a versão do Kremlin e contradizendo a própria CIA, que dizia ter provas de que Moscou interferiu no pleito norte-americano.
A avaliação da imprensa norte-americana é que, desta vez, um Trump mais autoritário e experiente pode bater de frente com o homólogo russo.
Mas, como disse o próprio Trump, "nada está garantido". Embora tenham trocado críticas e ameaças nos últimos meses, tanto Trump como Putin sinalizaram, na véspera da reunião, estar esperançosos de que será um bom encontro.
O líder russo elogiou os "esforços sinceros" de Washington para solucionar a guerra na Ucrânia e disse achar que o cara a cara com Trump pode selar a "paz mundial". Mas ponderou que isso só ocorrerá caso haja um acordo para restringir o uso de armas estratégicas, incluindo as nucleares, já sugerindo uma tentativa de barganhar algo em troca de um cessar-fogo na Ucrânia.
LEIA MAIS:
Por que Trump e Putin vão se encontrar no Alasca e outras 4 perguntas
MAPA DA GUERRA: veja quais os territórios da Ucrânia que Putin exige para o cessar-fogo
Territórios
Presidentes Donald Trump e Vladimir Putin se cumprimentam no início de encontro em Helsinque, na Finlândia, em 2018
Kevin Lamarque/ Reuters
Uma certeza que ambos os lados apontam é que o debate pelas regiões ucranianas atualmente ocupadas por tropas russas será o ponto central das negociações. Segundo o Instituto para o Estado da Guerra (ISW, na sigla em inglês), Moscou controla militarmente cerca de 20% de todo o território ucraniano.
E nenhum dos lados sinalizou querer abrir mão dessas regiões.
Animação mostra local que sediará encontro entre Trump e Putin no Alasca